Saturday, 31 October 2009

Friday, 30 October 2009

That's a hole new world!


The Rocky Horror Picture Show (1975), no dia 29 de Outubro na Cinemateca

Escrevo isto aqui sim porque este dia vai mesmo ficar para a posterioridade. Já todos ouvimos falar deste filme, nem que tenha sido em referências em filmes ou séries. Isso acontece porque este é um verdadeiro filme de culto. Quem lê a história assim de relance pode ficar por uns segundos ligeiramente reticente: um casal de recem-casados numa visita a um antigo professor ficam parados na estrada devido a um pnéu furado e portanto vão a uma mansão ali perto para pedir ajuda. No entanto essa mansão não é nada mais nada menos que a mansão do Dr. Frank-N-Furter, um transsexual do planeta da Transilvânia. Sim, é mesmo isso. Mas a verdade é que depois de ver o filme acho que todos dizem: OH MEU DEUS! QUERO VER OUTRA VEZ! E é por isto que é um filme de culto: pelas músicas hilariantes e que ficam no ouvido (sim, também é um musical!!), pelas interpretações mais do que fantásticas, especialmente por parte de Tim Curry, pela história tão pouco usual e por sabe deus mais o quê! Foi uma experiência tão diferente e tão boa para mim que é difícil de enumerar tudo.

Mas a verdade é que esta noite não foi só memorável pelo filme mas também pelo público igualmente tão pouco usual. Só para começar os bilhetes esgotaram e começo a explicar que há um grande grupo de fãs deste filme em todo o mundo que sempre que vêem o filme numa sala de cinema.. interagem. Não se limitaram a cantar as músicas, como também faziam efeitos sonoros e usaram coisas como arroz para simular o casamentos e também criavam falas e gritavam out loud a falar com as personagens (o que admito que em certas alturas só apetecia mandar um grandesíssimo shiiiiiu!). No entanto, eu, Ritha, uma pessoa que não pode ver um filme se alguém que respira muito alto a perturba suportou isto muito bem. E mais, não só suportou como até gostou. No meio daquele loucura do filme todo aquele ambiente era como estar mesmo a viver aquelas situações e fez-me sentir verdadeiramente feliz.
É tão bonito de ver quando um filme entusiasma tanto as pessoas! (Mas façam favor de se calarem bem caladinhos nos outros filmes que aqui a gente quando vê um filme é como estar numa viagem espiritual).

E CLARO que não podia deixar este post sem pelo menos um exemplo da loucura que falo. Senhoras e senhoras, "Sweet Transvestite" apenas para vós:


Thursday, 29 October 2009

Oh, how I love these films

I belong in the 50's and the 60's!
(É verdade que às vezes sinto que nasci na época errada).

L'amour française


Numa das minhas pesquisas pelo youtube deperei-me com um video de um filme com Catherine Deneuve que desconhecia, Manon 70.

A verdade é que me chamou a atenção logo desde o início pela muisiquinha e Jean-Claude Brialy a fazer uma barbinha à Pai Natal com o creme de barbear. Com o avançar do vídeo, o diálogo entre a personagem de Deneuve, Manon, e a de Brialy, Jean-Paul, despertou uma certa curiosidade. Já li umas quantas coisas sobre o filme e agora até estou curiosa para o ver.

Uma nova descoberta para mim e (espero) uma nova descoberta para vós.

Como um user comentou, "C'est obscur" mas a verdade é que não deixa de ser intrigante.

E aqui está o vídeo.

Monday, 26 October 2009

As time goes by.

A verdade é que não sou propriamente fã do Manoel Oliveira, mas no outro dia, após ter feito as contas de quantos anos teria o Cary Grant se estivesse vivo (que seriam 104 anos) apercebi-me de uma coisa: mas por quantos acontecimentos já passou Manoel Oliveira. Até tive de parar um segundo para assimilar isto. O senhor viu tanto acontecer (e eu ainda tão pouco vi), viu o novo cinema a emergir e o antigo a ficar nas memórias dos apaixonados cinéfilos. Não só viu isso, como sentiu a emoção da estreia de filmes que nós hoje (e com sorte) podemos ver em DVD. Mon dieu! Gostava de fazer uma "rubrica" aqui neste blog chamada "pelo que o Manoel Oliveira já passou" e espero conseguir arranjar tempo porque é mesmo digno de investigação.
Posso ter medo de envelhecer, mas quando vejo por estas coisas pelas quais pudemos passar não penso nem nas rugas nem na celulite.


Mas de certa maneira, é tão bom ter na memória a saudade daquele tempo que não vivemos mas que encaixe de maneira tão perfeita na nossa cabeça.

Sunday, 25 October 2009

CHARADE!



Charade (1963)

Mas que perfeição de filme. Verdadeiramente perfeito. Tinha mistério. Tinha reviravoltas. Tinha old fashioned romance. Tinha Audrey Hepburn. Tinha Cary Grant. Tudo foi perfeito, desde aos créditos iniciais até aos personagens. Dos actores aos realizadores. Das personagens aos cenários. Do vestuário a Cary Grant. De Cary Grant a Audrey Hepburn. Foi tão refrescante ver Cary Grant mais "mau" e Audrey Hepburn mais mordaz. Os diálogos tão simples e tão perfeitos. E como não sei bem o que dizer enchi este post de imagens para encherem o espaço em branco que deixo na escrita. Há quanto tempo não via um filme que me espantasse tanto. 5 estrelas!

Podem-se fazer filmes bons, filmes muito bons. Mas como estes já não se fazem!

Friday, 23 October 2009

We are all sick people!

Depois de ter lido este post no indispensável blog O Homem Que Sabia Demasiado achei bastante interessante esta parte: "François Truffaut, o realizador que um dia perguntou se o cinema não era mais importante do que a vida...". Ler esta frase desconhecida de Truffaut foi sentir aquela inexplicável sensação de sentir que alguém tem tanto amor e paixão como tu por algo. É uma situação de identificação, de paraíso e de sonho de um dia alguém se poder identificar assim comigo, como cinematógrafa.
Avançando, face a esta frase tão intrigante decidi investigar mais frases fabulosas do senhor François Truffaut e foi a isto que cheguei:

I have always prefered the reflect of the life to life itself.

Some day I'll make a film that critics will like. When I have money to waste.

Taste is a result of a thousand distastes.

Film lovers are sick people.

I make films that I would like to have seen when I was a young man.

Cinema is an improvement on life.


E a minha eleita (além da já

mencionada Is the cinema more important than life?):

When I first saw Citizen Kane, I was certain that never in my life had I loved a person the way I loved that film.

Pode não ser especificamente em relação ao Citizen Kane (que pessoalmente amei), mas a verdade é que eu posso afirmar isto com toda a certeza. Ou antes, I am certain that never in my life I will love a person the way I love films.

E é por estas e por outras que a minha ansiedade para ver filmes de Truffaut vai subindo e subindo. E jamais alguma escola me impedirá de ver filmes! Aqui vou euuu!

Cuppy cuppy cake

Ver este cupcake car da Neiman Marcus
&

Ouvir esta música da banda sonora da Marie Antoinette
=
Ataque de consumismo e ataque aos bolos

I WANT CINEMA!
(oh and cakes and clothes fo sure)

Friday, 16 October 2009

British company is just the best kind of company

E parece-me que isto vai ser a minha companhia para a noite. Vou rir que nem uma perdida, porque british humor is just my kind of tea!
Ai como quero a série do Black Adder remasterizada!

Monday, 12 October 2009


Porque é isto que me faz verdadeiramente feliz.

Friday, 9 October 2009

Vrum Vrum Vespa 4

Les poupées russes (2005), Cédric Klapisch

Como estamos na época da
Festa do Cinema Francês (que admito ainda não ter investigado muito. Não me culpem a mim, blame the school!) aqui vai uma vespa "francesa".
Aqui está Xavier (interpretado pelo fantastique Romain Duris) numa das suas incursões pelo mundo.
A verdade é que apesar de ter visto a prequela, L'auberge espagnole, ainda não tive tempo de ver a sequela. But I'll make time!

There's only one love in my life

Parece impossível encontrar filmes do Jacques Demy e portanto hoje fui alugar à biblioteca Les parapluies de Cherbourg. Qual blu-ray, qual dvd, chegou às minhas mãos uma raridade: um VHS! E são mesmo estas coisas que me dão a sensação de voltar atrás e estar agora mesmo a ver o filme em plenos anos 60. Aquele VHS têm história, e à pessoa adorável que doou este adorável filme (falo já de avanço mas pronto) digo um grande obrigada. Já imaginaram onde já andou aquele VHS? Uuh!
E é por estas e por outras que nunca me vou livrar da minha televisão que já tem um risco de ter caído em cima de mim, mas que tem um leitor de VHS incorporado! Hurray!

E uma pequena nota sobre um filme de Jacques Demy transformou-se numa viagem ao passado. E assim falaremos após ter visto o filme.
Bon soir mes cinéphiles.

Sunday, 4 October 2009

When life gives you a leopard...

David Huxley: Now it isn't that I don't like you, Susan, because, after all, in moments of quiet, I'm strangely drawn towards you, but - well, there haven't been any quiet moments.

Ontem fui à Cinemateca Junior ver o Bringing Up Baby. Primeiro faço uma breve nota em relação à Cinemateca Junior. Era linda, não só as instalações em geral, como a exposição muito bonita com várias máquinas de filmar e zootrópicos e afins mas especialmente a sala de cinema. Era como voltar atràs no tempo. O leve violeta das paredes decorados com desenhos em branco tão discretos mas tão essenciais, a parte de cima da sala, onde se podia ver o filme como se estivesse a ver uma opera no século passado, as portas que não eram portas mas sim cortinas, tudo era como uma deliciosa viagem ao passado. (Já tive mais umas ideias para a decoração do meu quarto!). A Cinemateca Portuguesa está, definitivamente, de parabéns.

Passemos então ao filme: Bringing Up Baby.
O filme é um atribulado de doidices e situações improváveis e por isso mesmo é tão divertido e apaixonante. Sabe bem sair da rotina e deliciarmo-nos com Cary Grant, Katherine Hepburn e um leopardo. Não sei muito bem o que dizer, apenas que Howard Hawks conhecia bem o riso. J'ai aimé.
E nem é preciso falar dos protagonistas. Todos já sabem a minha adoração por Cary Grant e ontem percebi tudo o que se diz de Katherine Hepburn. Era uma senhora cheia de graça e energia. Sem falar que eram os dois óptimos actores.
Hepburns really had it.

Thursday, 1 October 2009

Vrum Vrum Vespa 3

Ratatouille (2007), Brad Bird & Jan Pinkava
Até os ratos andam de vespa.