Sunday 5 June 2011

the tree of life
Dizer que este filme é genial é pouco. É trascendente. Terrence Malick levou-me para um sítio que não conhecia. 
Ressalta logo a mestria técnica. A luz captada na cara das personagens é sublime como a grandiosidade da Natureza através de planos de pura contemplação. O uso da steadicam nas cenas da história per se confere uma liberdade e um dinamismo vertiginoso a esses planos num claro contraponto com os planos incisivos e meditativos do espaço, da natureza. Aqui surge a música de Alexandre Desplat, capaz de tirar a respiração a qualquer um quando conjugada com a beleza monumental e estranha captada por Malick.
E a história. Aquela que não dá para pôr por palavras. Malick só pode ter tido uma inspiração divina, porque esta história, aliás, este filme, não é deste mundo. There are two ways through life: the way of nature, and the way of Grace. You have to choose which one you'll follow, ouvimos logo no início. Esta é a história de uma viagem por uma graceful nature, pela natureza que só se preocupa consigo. No fundo, a única coisa que consigo articular é que é sobre a vida, no seu estado mais puro.
Em conclusão, isto é uma obra de arte, na mais verdadeira acepção das palavras.