Friday, 16 September 2011

C'est génial.

Saí de Paris para voltar para lá muito rapidamente, tudo graças ao Woody. C'est toujours Woody. Aquela cena inicial com várias vistas de Paris ao som da música de Sidney Bechet fez o meu coração palpitar (quase) tanto como na cena inical de Manhattan, com Gershwin e Nova Iorque a preto e branco. Midnight in Paris é uma carta de amor de um cinéfilo, de um ávido leitor, de um apreciador de música, enfim, de um artista, à cidade dos artistas. Podem acusar Woody Allen de ter criado um filme muito cliché, mas é assim que é. Os artistas correm sempre o risco de over-romanticize esta cidade que tanto os faz suspirar e tanto lhes deu ao longo dos tempos. Paris é assim para Woody Allen, e para mim também. Como Adriana diz num diálogo que respira paixão por uma cidade mágica como Paris "That Paris exists and anyone could choose to live anywhere else in the world will always be a mystery to me.". Agora vamos todos para as ruas de Paris apanhar chuva ao som de Cole Porter.

Nostalgia is denial - denial of the painful present... the name for this denial is golden age thinking - the erroneous notion that a different time period is better than the one ones living in - its a flaw in the romantic imagination of those people who find it difficult to cope with the present.
(o pedante é capaz de ter razão)