Thursday, 30 April 2009

BRITERICA!












Quando vi o poster do filme "In The Loop" a primeira imagem que me veio à cabeça, da mesma maneira que o primeiro pensamento de um rato quando pensa em queijo é "yumi", foi a do poster de "Burn After Reading".
Mas não é só os poster que estes filmes têm comum. Não, não são os realizadores, uns americanos e o outro britânico. E aqui a diferença das nacionalidades é evidente, um filme é americano o outro é britânico. O que têm em comum é a história, o fundo da questão que analisam.
Não posso falar muito, pois apenas ainda me pude contentar com o trailer do "In The Loop", no entanto, é óbvio que o alvo desta história é o governo, o poder que está acima de nós e que tantas vezes faz de Deus com as nossas vidas, mais especificamente o governo britânico e o americano.
Há um grande desentendimento entre estas duas potências e uma guerra está iminente. Mas no meio disto (e com a ajuda do trailer) ficamos a pensar, mas o que é que se passa aqui? É uma confusão. E com este filme, como constatamos na realidade, chegamos a uma simples conclusão: ninguém sabe o que está a fazer, nem o que tem de fazer.
E aqui está a parecença evidente com o "Burn After Reading". Tantos criticos e tantos espectadores disseram que o referido filme dos Coen retratava a vida americana, e a maneira dos americanos viveram. Pois eu acho que não, eu acho que retrata não a América mas o Mundo. Ambos os filmes expoem a clara realidade e a penosa verdade: estamos todos perdidos, e estamos a ser guiados por outro bando deles, mas com uma diferença, eles têm o poder.


Acabo esta reflexão como o chefe da CIA no "Burn After Reading":
CIA Superior: What did we learn, Palmer?
CIA Officer: I don't know, sir. CIA Superior: I don't fuckin' know either. I guess we learned not to do it again.
CIA Officer: Yes, sir.
CIA Superior: I'm fucked if I know what we did.
CIA Officer: Yes, sir, it's, uh, hard to say
CIA Superior: Jesus Fucking Christ.



Esta coincidência entre os dois filmes pode ser traduzida nesta frase do grande Oscar Wilde:
"We have really everything in common with America nowadays, except, of course, language."

what's your venus?

"Blanche e Mary eram da mesma estatura, altas e direitas como álamos. Mary, demasiado magra para a altura, não chegava à irmã, que tinha um corpo de deusa."
in Jane Eyre de Charlotte Bronte
Enquanto penetrava num mágico século XIX, no livro de Charlotte Bronte, deparei-me com esta frase que imediatamente chamou a minha atenção. Aqui podemos ver a grande alteração que houve nos padrões de beleza, o que me entristece por completo. Não me querendo prolongar, recentemente ando-me a debater muito com este tema, e tenho uma pergunta para vossas excelências:

O que consideram mais belo, no verdadeiro sentido da palavra, uma deusa à antiga Grécia como Vénus ou as deusas do século XXI como Kate Moss e tantas outras?

Vénus no cinema a tomar atenção (já vai para a longa lista de alugar):
*Venus
*Meeting Venus
e ainda a série francese Vénus & Apollon



Ah, e estou a gostar bastante do meu livrinho (que realmente não é meu) de Charlotte Bronte.