Saturday 28 January 2012

Jazz up you lingerie!

Supreme Court Says Congress May Re-Copyright Public Domain Works

They claimed that re-copyrighting public works would breach the speech rights of those who are now using those works without needing a license. There are millions of decades-old works at issue. Some of the well-known ones include H.G. Wells’ Things to Come; Fritz Lang’s Metropolis and the musical compositions of Igor Fyodorovich Stravinsky.

In dissent, Justices Stephen Breyer and Samuel Alito said the legislation goes against the theory of copyright and “does not encourage anyone to produce a single new work.” Copyright, they noted, was part of the Constitution to promote the arts and sciences.

The lead plaintiff in the case, Lawrence Golan, told the high court that it will not longer be able to perform Prokofiev’s Classical Symphony and Peter and the Wolf, or Shostakovich’s Symphony 14, Cello Concerto because of licensing fees.

O artigo completo aqui.

Jarmusch & Waits

(poster polaco de Night on Earth)

Night on Earth, é, para mim, um filme de Jarmusch e Tom Waits. Já no post anterior falei da importância da musica de Maurice Jaubert nos filmes de Jean Vigo, e agora falo de Waits e Jarmusch.
Em Night on Earth a música surge sempre no momento certo, servindo de contraponto para uma situação burlesca ou amargurada. Se Jaubert ajuda Vigo a estabelecer um diálogo com o público, Waits, nesta viagem, ajuda, nos momentos certos, a estabelecer o estado de espírito que nos vai guiar. A música que surge durante o filme é sempre a mesma, e no meio de histórias cómicas ou tocantes, Waits relembra que It's a sad and beautiful world (já se dizia em Down by Law).

Wim Wenders and a Leica.

Hommages à Jean Vigo

Agora o que eu gostava mesmo era encontrar as bandas sonoras que Maurice Jaubert fez para Jean Vigo, tão (mas tão) essenciais tanto em Zero de Conduite como em L'Atalante. Parece que se perderam no tempo, mas à falta disso acho que me vou contentar com isto ou isto.
Mesmo diante de um tema relativamente pobre, Vigo preserva uma certa pureza, um modo directo de apreender o tema do filme tal como é - sem nenhuma "orquestração" ao modo de Ruttman ou Vertov, para disfarçar a magreza do tema, e sem intelectualismo gratuito.
- John M. Smith

Como em 9 minutos Jean Vigo nos leva para as profundezas de uma piscina, que mais parecem as profundezas do mar, para observar a simplicidade e graciosidade dos movimentos de um nadador no seu meio natural, e no meio natural de Vigo, a água. 
A montagem que em À Propos de Nice é usada para mostrar a pobreza e os problemas da pequena cidade de Nice, estabelecendo um diálogo com o público somente através da música e da imagem, em Taris ou La Natation evidencia a delicadeza duma realidade tornada em sonho, onde a água é daquilo que os sonhos são feitos.
O idealismo e a sensibilidade de Vigo guiam-no na concretização do seu mundo de sonhos, onde um diálogo rico e honesto é estabelecido por meio da sua mestria técnica e sua "pureza", tudo "sem intelectualismo gratuito".

Vigo, Truffaut, Vigo, Cocteau.

Vigo et Truffaut
A infância oprimida e libertária.

Photobucket
Vigo et Cocteau, les deux Jeans
A magia e a transfiguração da realidade pelo sonho.
Da magia de Buñuel passo para a de Vigo, o poeta e o mágico dos sonhos.
A magnificiência visual faz o milagre e a poesia de Vigo. E no entanto, em meio a esta fotogenia, a esta transfiguração do real ele consegue, não se sabe como, criar uma fotogenia do diálogo, dando às palavras, sem que estas percam o seu sentido, um valor sonoro.
- Henri Langlois
The logic of Un Chien Andalou is the logic of dreams.