Um momento musical de Fellini para pôr o brilho nos olhos e dar logo balanço para uma noite de sonhos bem mais extravagante.
Fosse através das bandas sonoras magistrais de Nino Rota (o apogeu da musicalidade de Fellini - já não me lembro quem disse isto e onde o ouvi mas essa pessoa disse mesmo que a partir da morte de Nino Rota, os filmes de Fellini nunca mais foram os mesmos), da linguagem corporal das personagens, do próprio ambiente surrealista felliniano ou, neste caso, de uma orquestra de copos de cristal, os filmes de Fellini são sempre dotados de uma musicalidade tão própria e única, completamente inexplicável por palavras. Digo apenas que, para mim, é a perfeita música de embalar para viver sonhos bem mais bizarros e fantásticos.