Wednesday 28 April 2010

A French Twist



Está-me mesmo a apetecer um filme francesinho. O que se segue: Le Mepris.
E este editorial da Vogue US de 2004 fotografado por Annie Leibovitz só aguça o apetite. Está simplesmente parfait. (Note-se ali o senhor Depardieu e o Garrel... hmm Garrel, já lá vão uns tempos!)

Sunday 25 April 2010

My very first Fellini


Amarcord (1973), Frederico Fellini
Ver um filme do Fellini é como ouvir uma conversa no metro. Não percebemos bem tudo, mas dá um gosto incrível ouvir e imaginar do que é que estão a falar. Foi algo completamente novo e bastante bem-vindo. Aquele imaginário alternativo acompanhado pela música fantástica de Nino Rota, os cenários de uma atmosfera Fellinesca, as personagens mais memoráveis de sempre e aqueles cenas perfeitamente sincronizadas numa dança hipnotizante ficarão para sempre na minha cabeça. Agora não sei muito bem que dizer, mas que venham mais do Fellini!
(Só me irritou depois do fim do filme de me aperceber que o vi em inglês, porque alguma estupida configuração do dvd assim o decidiu. Mas pronto, na verdade não foi assim tão incomodativo, mas depois voltarei a ver em italiano. Viva Itália!)

Friday 23 April 2010

Mad dogs and Englishmen



Preciso de conselhos meus sábios cinéfilos! Depois de ver este vídeo do grande britânico Jeremy Irons a cantar numa homenagem a Noel Coward, fiquei com uma curiosidade tão aguçada de ver mais deste actor que nem se imagina.
Por isso digam-me de vossas justiças, recomendem e recomendem e não se acanhem com recomendações da BBC, pois essas são sempre as melhores.
E viva os britânicos! A minha costela britância às vezes fala mais alto, e hoje só me apetece fazer uma maratona de Yes, Minister e de filmes da Jane Austen.

P.S: Note-se na imagem o senhor Jeremy Irons a entrar no concerto de martini na mão e cigarro com boquilha. Quitessentially british!

Sunday 11 April 2010

Is that all there is?

"Les hommes, quand tu leur demande une photo, il se raidissent, ils deviennent trop charmeurs ou trop timides. Alors qu’à les regarder passer, vivre, parler entre eux, ou bien me dévisager comme si j’étais une créature exotique, je voyais bien qu’il y avait là, à Pitti, une atmosphère que je ne trouverais pas ailleurs."

Garance DORÉ


Saturday 10 April 2010

"You can be just like Buster Keaton!"


Benny & Joon (1993), Jeremiah S. Chechik
Este filme é simplesmente adorável. E desafio quem quer que se chame cinéfilo a ver este filme sem ficar com um sorriso na cara, ao ver esta homenagem aos filmes mudos, a Chaplin, a Buster Keaton, ao cinema. A personagem de Johnny Depp, Tom, é simplesmente fantástica, é como um reviver do cinema mudo, é original, intrigante. Acima de tudo, Johnny Depp vive completamente esta personagem mesmo na maneira excelente como faz as "coreografias" ou originais, ou a tão conhecida da dança dos pães de Chaplin. Até a história lembra um pouco o amor entre a florista cega e o vagabunda em City Lights de Chaplin. Um filme para cinéfilos, nem que seja para lembrar o cinema que já passou.

E agora meus amigos, se se chamam a si mesmos cinéfilos, vejam isto. Se não virem, tenham vergonha na cara!:

Thursday 8 April 2010

40 Movie References in The Simpsons

Numa destas viagens pela internet encontrei mais um site a propósito destas referências e coincidências nos filmes, mas desta vez sobre Os Simpsons. Já todos sabemos das referências que Os Simpsons fazem aos filmes e neste site está uma lista detalhada sobre estas referências onde aparecem desde os filmes de culto até aos desenhos animados.
Aqui só para deixar um gostinho escolhi um, logo o primeiro, a silhueta de Alfred Hitchcock que vemos na sua fascinante série Alfred Hitchcock Presents:

Got milk?


Clockwork Orange, Stanley Kubrick, 1971
(Esta imagem continua a dar-me arrepios)



Inglourious Basterds, Quentin Tarantino, 2009

Agora não me apetece parar. O sadismo e o leite andam de mãos dadas. Sabem quando vêem um filme associam logo a uma cena de outro filme? Simplesmente fez click.

Os realizadores e a magia


Vérités et mensonges (F for Fake), Orson Welles, 1973


Stardust Memories, Woody Allen, 1980


É tão engraçado quando descobrimos estas coisas e não as encontramos em mais lado nenhum na internet. Orson Welles e Woody Allen, dois grandes realizadores, dois grandes filmes.

Tuesday 6 April 2010


Apeteceu-me pôr aqui um Woody. Cheira-me que hoje à noite ele vai ser a minha companhia. É sempre a melhor companhia.

O museu do francês em Portugal

Olha, mas que coisa curiosa. No nosso território, em Melgaço, existe "um dos museus mais completos da Sétima Arte.". Não só têm lá instrumentos antigos já do tempo dos irmãos Lumière que já fizeram rodar maravilhosa películas, como fotos de actores e até alguns objectos curiosos que já pertenceram às maiores estrelas de cinema, como o cheque de 58,30 dólares de James Stewart. Além disso, ainda exibem filmes de Chaplin e Buster Keaton e ainda têm exposições temporárias, como sobre posters originais dos filmes de Fellini. E ainda dizem que há mais para vir.
Olha mas que perola. Agora é uma razão para visitar Melgaço (terra que desconhecia, diga-se de passagem).

E tudo graças a um francês chamado Jean Loup Passek. E vive la France! E Portugal, bien sûr.

"É a minha escolha. Por exemplo, tenho poucas fotografias dos filmes de Jean-Luc Godard, porque não gosto muito do cinema dele. É evidente que é uma figura importante na história do cinema. Mas, pessoalmente, não me interessa". Ai mas quando ele disse isto fiquei, logo reticente... Vive Godard!
Mais informações no jornal I ou no Público:
http://www.ionline.pt/conteudo/54008-fenakiscopio-em-melgaco-qualquer-um-lhe-explica-o-que-e---video
http://cinecartaz.publico.clix.pt/noticias.asp?id=131172

Saturday 3 April 2010

Allez le voir... S'il vous plaît

Este trailer chegou-me para querer ir ver o novo filme de Alain Resnais.
Como fazer trailers apelativos:


Mas para quem quer ver o trailer mesmo sobre o filme, Les Herbes Folles, aqui está, que também é de facto excelente. Espero que o filme faça jus ao trailer.

Thursday 1 April 2010

The Grass is always Greener on the other side





The Grass is Greener (1960), Stanley Donen
Graças ao fantástico programa da Cinemateca Portuguesa lá vi outro filme imperdível. Este filme não é a simples comédia dos anos 50 e 60, é um filme verdadeiramente bem feito e inovador. Os diálogos são fantásticos, combinando na perfeição o humor britânico com o humor americano. Os actores, acompanhados de sets perfeitamente integrados na história e de guardas-roupa breathtaking que reflectem as personalidades das personagens (nota para as roupas de Jean Simmons, feitas por Christian Dior!), fazem um excelente trabalho. Fiquei especialmente muito mas muito agradavelmente surpreendida pela performance de Jean Simmons e de Robert Mitchum, de quem pouco conheco. Até a fotografia é de louvar aos deuses, juntamente com a realização distinta de Stanley Donen. Este filme é sim um filme bem feito e definitivamente imperdível, que comprova que a comédia americana não morreu naquela década.

Com as minhas notinhas estou a pensar fazer uma crítica a este filme mas só para abrir o apetite aqui fica o genérico do filme que é uma delícia:
http://www.youtube.com/watch?v=Vh42bLAegfQ








Charles Delacro: Sometimes I'm convinced that the greatest barrier between our countries is the bond of a common language.

Ver o livro e ler o filme

"Roubei" e adaptei o título deste post deste livro (que me parece bastante interessante). O que acontece é que a passada noite de terça feira foi uma noite muito literária. Depois de ter acabado de ler o conto Gigi da fantástica Colette, decidi que já podia ver o filme com o mesmo nome, baseado no mesmo livro de Vincente Minnelli. A verdade é que me arrependo completamente de ter posto aquele dvd no leitor. O conto era fascinante e lindamente escrito (tal como já é hábito com Colette), mas, ao contrário do que aconteceu com o Chéri de Stephen Frears, esta Gigi não me lembrava nada a Gigi que de Colette fala.

Reflectindo aquele conservantismo dos anos 50, este filme jamais poderia retratar a Gigi de que Colette fala, e o curioso é que no filme várias falas das personagens são literalmente copiadas do livro, mas mesmo assim, nada fez para autenticar aquela Gigi. Digamos que era um filme muito americano conservador para o universo revolucionário de Colette, escritora françesa.
Tão triste que fiquei que nem sei dizer se o filme em si é bom ou não... É melhor deixar passar um tempo, relêr a Gigi de Colette e talvez, mais tarde, rever o filme de Minnelli.
























Agora a questão é: vejo a versão cinematográfica de Gigi, françesa, de 1949?

Estava tão insatisfeita e decepcionada que decidi que a melhor maneira de me animar era ver outro filme: Wilde. Já tinha visto, mas voltar a ver este filme sobre o meu escritor preferido (além de Colette) parecia a perfeita maneira de me animar. E bem resultou!



Agora estou para ver como vai ser com o Dorian Gray de Oliver Parker que vai estrear este mês.
Ai, mas sempre terei o Chéri de Stephen Frears...