Thursday, 1 April 2010

Ver o livro e ler o filme

"Roubei" e adaptei o título deste post deste livro (que me parece bastante interessante). O que acontece é que a passada noite de terça feira foi uma noite muito literária. Depois de ter acabado de ler o conto Gigi da fantástica Colette, decidi que já podia ver o filme com o mesmo nome, baseado no mesmo livro de Vincente Minnelli. A verdade é que me arrependo completamente de ter posto aquele dvd no leitor. O conto era fascinante e lindamente escrito (tal como já é hábito com Colette), mas, ao contrário do que aconteceu com o Chéri de Stephen Frears, esta Gigi não me lembrava nada a Gigi que de Colette fala.

Reflectindo aquele conservantismo dos anos 50, este filme jamais poderia retratar a Gigi de que Colette fala, e o curioso é que no filme várias falas das personagens são literalmente copiadas do livro, mas mesmo assim, nada fez para autenticar aquela Gigi. Digamos que era um filme muito americano conservador para o universo revolucionário de Colette, escritora françesa.
Tão triste que fiquei que nem sei dizer se o filme em si é bom ou não... É melhor deixar passar um tempo, relêr a Gigi de Colette e talvez, mais tarde, rever o filme de Minnelli.
























Agora a questão é: vejo a versão cinematográfica de Gigi, françesa, de 1949?

Estava tão insatisfeita e decepcionada que decidi que a melhor maneira de me animar era ver outro filme: Wilde. Já tinha visto, mas voltar a ver este filme sobre o meu escritor preferido (além de Colette) parecia a perfeita maneira de me animar. E bem resultou!



Agora estou para ver como vai ser com o Dorian Gray de Oliver Parker que vai estrear este mês.
Ai, mas sempre terei o Chéri de Stephen Frears...

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