Thursday, 1 April 2010

The Grass is always Greener on the other side





The Grass is Greener (1960), Stanley Donen
Graças ao fantástico programa da Cinemateca Portuguesa lá vi outro filme imperdível. Este filme não é a simples comédia dos anos 50 e 60, é um filme verdadeiramente bem feito e inovador. Os diálogos são fantásticos, combinando na perfeição o humor britânico com o humor americano. Os actores, acompanhados de sets perfeitamente integrados na história e de guardas-roupa breathtaking que reflectem as personalidades das personagens (nota para as roupas de Jean Simmons, feitas por Christian Dior!), fazem um excelente trabalho. Fiquei especialmente muito mas muito agradavelmente surpreendida pela performance de Jean Simmons e de Robert Mitchum, de quem pouco conheco. Até a fotografia é de louvar aos deuses, juntamente com a realização distinta de Stanley Donen. Este filme é sim um filme bem feito e definitivamente imperdível, que comprova que a comédia americana não morreu naquela década.

Com as minhas notinhas estou a pensar fazer uma crítica a este filme mas só para abrir o apetite aqui fica o genérico do filme que é uma delícia:
http://www.youtube.com/watch?v=Vh42bLAegfQ








Charles Delacro: Sometimes I'm convinced that the greatest barrier between our countries is the bond of a common language.

Ver o livro e ler o filme

"Roubei" e adaptei o título deste post deste livro (que me parece bastante interessante). O que acontece é que a passada noite de terça feira foi uma noite muito literária. Depois de ter acabado de ler o conto Gigi da fantástica Colette, decidi que já podia ver o filme com o mesmo nome, baseado no mesmo livro de Vincente Minnelli. A verdade é que me arrependo completamente de ter posto aquele dvd no leitor. O conto era fascinante e lindamente escrito (tal como já é hábito com Colette), mas, ao contrário do que aconteceu com o Chéri de Stephen Frears, esta Gigi não me lembrava nada a Gigi que de Colette fala.

Reflectindo aquele conservantismo dos anos 50, este filme jamais poderia retratar a Gigi de que Colette fala, e o curioso é que no filme várias falas das personagens são literalmente copiadas do livro, mas mesmo assim, nada fez para autenticar aquela Gigi. Digamos que era um filme muito americano conservador para o universo revolucionário de Colette, escritora françesa.
Tão triste que fiquei que nem sei dizer se o filme em si é bom ou não... É melhor deixar passar um tempo, relêr a Gigi de Colette e talvez, mais tarde, rever o filme de Minnelli.
























Agora a questão é: vejo a versão cinematográfica de Gigi, françesa, de 1949?

Estava tão insatisfeita e decepcionada que decidi que a melhor maneira de me animar era ver outro filme: Wilde. Já tinha visto, mas voltar a ver este filme sobre o meu escritor preferido (além de Colette) parecia a perfeita maneira de me animar. E bem resultou!



Agora estou para ver como vai ser com o Dorian Gray de Oliver Parker que vai estrear este mês.
Ai, mas sempre terei o Chéri de Stephen Frears...