Wednesday, 31 August 2011

Je vais vous raconter une petite histoire

"Un des plus beaux films jamais réalisés sur l'idée de jeunesse"

Agora algo completamente diferente de Essential Killing.

Vigo love

Já não chegava eu querer isto to death depois vem o Gondry fazer um tributo ao Jean Vigo e descubro um trailer de um filme, Vigo: Passion for Life, sobre a relação apaixonante entre o Jean Vigo e a sua mulher, Lydu.

Wednesday, 24 August 2011

On est à Londres?


(uma fotografia unica e fascinante, uns diálogos de mestre e Jean-Pierre Léaud dum lado e Pierre Étaix do outro; c'est ça que tiro deste trailer)

Tuesday, 23 August 2011

The man

Não me importava nada de fazer parte daquela private listening party mas como não fui convidada fico-me pelo youtube
(e é por estas e por outras que este senhor é tão grandioso)

Saturday, 20 August 2011

Do it the Broadway way!

[Esta é a minha cara depois de ler esta notícia. Isto é demais para o meu ticky-ticker, anda tudo a fazer dream teams (como estes também!)]
Though comedies were once just as common and successful on Broadway as dramas and musicals, sometime around the 1980s they started disappearing. Now it seems that if no one’s singing, no one’s laughing. Last season, only two traditional nonmusical comedies opened, a revival from 1946 and one from 1895! But Broadway makes up for lost time with this fall’s Relatively Speaking, a trio of one-act comedies by Ethan Coen, Elaine May, and Woody Allen. The works, featuring Julie Kavner, Ari Graynor, and Marlo Thomas, are loosely linked by a family theme: Allen’s contribution, Honeymoon Motel, is set at a wedding; May’s George Is Dead at a funeral; and Coen’s Talk Therapy, well, in Coen-land. It will fall to John Turturro, making his Broadway directing debut, to bring coherence to three rather different comedic styles: Allen’s existential juggling, May’s sly warmth, Coen’s creepy hilarity. Asked which playwright is most likely to drive him crazy, he says, “If you expect me to answer that question, I would never have gotten the job.”

The official announcement of the production did not specify titles or plotlines for the three plays, but The New York Times reports that Allen’s play is titled Honeymoon Motel and was written within four weeks after the Oscar-winning writer and director received a call from producer Julian Schlossberg. “It’s a broad comedy, for laughs, no redeeming social value,” Allen said in an interview. May’s play is reportedly titled George Is Dead, and Coen’s is called Talking Cure. A website for Relatively Speaking says that the plays are "about mothers and daughters, husbands and wives, parents and children...a heartfelt and hilarious evening of one-act plays with a common bond: the insanity that can only come from family."

Monsieur Hulot! Votre bicyclette!

Porque não se pode falar de Tati sem se falar de bicicletas fica aqui um slideshow de Design de bicicletas clássicas ao longo do século passado que é um mimo.

Friday, 19 August 2011

This is a premium film!

Everything is Illuminated, Liev Schreiber
My name is Jonathan!

Este vídeo captura na perfeição o espírito do filme Orphée pelo qual fiquei completamente hipnotizada. Jean Cocteau, o teu mundo de magia e tu fascinam-me. Venham daí mais filmes e livros deste senhor de nariz imponente.

L'univers de Jean Cocteau [Orphée et Le Grand Écart]

E aqui têm como o encontrámos no começo do livro. Ele resiste. Voltado a ser Jacques, fita-se no espelho.
Um espelho não é água de Narciso; não mergulhamos lá. Jacques encosta a ele a cara e o seu hálito esconde aquele rosto pálido que ele detesta.
 
O sono não está às nossas ordens. É um peixe cego que sobe das profundezas, uma ave que se abate sobre nós.
Sentia nadar o peixe em volta, fora dos limites. A ave fechava as asas, pousava à beira da insónia, voltava o pescoço, alisava as penas, patinhava, não entrava.

O sono tem o seu universo, as suas geografias, as suas geometrias, os seus calendários. Acontece que nos reporta a antes do dilúvio. Então encontramos uma misteriosa ciência do mar. Nadamos, e julgamos voar sem esforço.

[Stills do filme Orphée e excertos do livro Le Grand Écart,
ambos de Jean Cocteau]

Summer reading

Le Grand Écart (Desatino) de Jean Cocteau
Jacques Forestier chorava facilmente. O cinematógrafo, a música ordinária, um folhetim, arrancavam-lhe lágrimas. Não confundia estas falsas mostras do coração com as lágrimas profundas. Aquelas parecem correr sem motivo.

Sunday, 14 August 2011

Wednesday, 10 August 2011

 Brother. Mother. It was they that lead me to your door.
Só porque passear pela natureza no seu estado mais puro, com uma luz incrível e de câmara em mão lembra-me sempre esta obra prima majestral e esta citação susurrada.

Bergman & Honoré

Na entrevista a Christophe Honoré que já postei há uns dias atrás uma das ideias que mais me marcou foi a que ele defendia como cinéfilo se tornou cineasta não porque tinha algo a dizer mas sim pour prolonger mes rêveries d'adolescent sur le cinéma. [Je fais partie des cinéastes qui filment parce qu'ils ont vu les films des autres. Je ne suis pas devenu réalisateur parce que j'avais quelque chose à dire, mais pour prolonger mes rêveries d'adolescent sur le cinéma. Se référer à Jacques Demy ou à François Truffaut n'empêche pas de parler du monde, au contraire.]
E como estamos numa de contrapor vários cineastas, descubro agora esta intervenção de Ingmar Bergman no vídeo acima onde diz "But I think that... those that are emerging are so incredibly talented. These young emerging directors. They know the job well. But it's not so often that they really have nothing to say." Sem tirar mérito a nenhum deles, acho fantásticas estas visões diferentes de dois cineastas cujas obras são incrivelmente antagónicas e igualmente importantes.
“He’s done two masterpieces, you don’t have to bother with the rest. One is Blow-Up (1966), which I’ve seen many times, and the other is La Notte (1961), also a wonderful film, although that’s mostly because of the young Jeanne Moreau.”
Ingmar Bergman on Antonioni

Curioso. Morreram os dois exactamente no mesmo dia, 30 de Julho de 2007, e nesse dia o Cinema ficou mais pobre. Mas depois encontro uma destas citações de Bergman. Contudo, com todo o devido respeito vou ter de discordar de si Sr. Bergman.

La Notte

Um acumulado de pensamentos, emoções, medos, decadência e amor. É Antonioni. Para mim um filme de Antonioni começa bem mas à medida que vai avançando o ambiente vai-se intensificando e adensando, as emoções vêm ao de cima e nas cenas finais chega-se ao apogeu, ao auge do filme, como quando os timbales soam no final de uma música clássica. E La Notte é o perfeito exemplo disso porque aquela cena final é de uma beleza trágica incrível como há em poucos filmes.

Tuesday, 9 August 2011

Musique d'été

Hitchkock-Truffaut : les "Entretiens"
Nous avons tant de choses en commun

le mal-aimé

Legrand trois fois

Enquanto espero pelo vinil entretenho-me com isto.
No outro dia passei por este vinil e fiquei seriamente tentada a comprá-lo.

Friday, 5 August 2011

Christophe Honoré ou quelques raisons pourquoi je l'adore

Eu sei que é grande a entrevista, mas vale muito a pena ler para qualquer verdadeiro cinéfilo. É que é verdade que ele diz exactamente o que eu penso...

Vous aviez tourné La Belle Personne, adaptation de La Princesse de Clèves, en réaction à un discours de Nicolas Sarkozy. Comment s'articule votre engagement avec le cinéma de cinéphile que vous revendiquez ?
Je fais partie des cinéastes qui filment parce qu'ils ont vu les films des autres. Je ne suis pas devenu réalisateur parce que j'avais quelque chose à dire, mais pour prolonger mes rêveries d'adolescent sur le cinéma. Il me semble toutefois que Non ma fille... et Les Bien-aimés témoignent, indirectement, de l'état d'une société française qui est non pas dans l'élan, mais dans le déclin. Se référer à Jacques Demy ou à François Truffaut n'empêche pas de parler du monde, au contraire. Seule la mise en scène peut révéler un sens et une vérité. Pour le reste, n'importe qui peut produire des images chocs qui reflètent immédiatement l'époque, en utilisant sa caméra comme une caméra de surveillance.


Quelle place ont tenue les acteurs dans votre désir de cinéma ?
Centrale. Les grandes périodes du cinéma français correspondent toujours à l'émergence d'une nouvelle génération d'acteurs, presque d'une troupe. La Nouvelle Vague, c'est Godard et Truffaut, mais aussi l'apparition de Piccoli, Belmondo, Léaud, de Bernadette Laffont et Marie-France Pisier... Mon attachement à ces films tient beaucoup à eux. En leur temps, les Depardieu-Dewaere-Miou-Miou ont aussi secoué tout le cinéma et ringardisé leurs aînés. Et dans les années 1990, la troupe d'acteurs de Desplechin, Emmanuelle Devos et Mathieu Amalric en tête. Mais c'est la dernière vague notable à ce jour. Peut-être est-ce un indice sur la relative faiblesse du cinéma français contemporain.


Que répondez vous à ceux qui voient en vous la quintessence du cinéaste parisien bobo ?
C'est un malentendu, une injustice. Il n'y a pas plus provincial que moi. J'ai grandi dans une petite ville bretonne, Rostrenen. Je ne me suis installé à Paris qu'à l'âge de 24 ans. Aujourd'hui, je me sens toujours autant « cousine de province ». On ne me voit jamais dans une boîte de nuit ou à une avant-première. Je n'ai pas cette culture. Le style parisien de Dans Paris ou des Chansons d'amour tient justement au fait que je n'ai aucun souvenir personnel de la ville. Ce ne sont que des souvenirs de films, qui me rendent ces lieux désirables et faciles d'accès. Au contraire, quand je suis retourné dans ma Bretagne pour tourner Non ma fille, tu n'iras pas danser, j'ai eu d'énormes difficultés à filmer les lieux de mon enfance. J'avais l'impression que c'était fabriqué, que ça sonnait faux.


Vous alternez depuis des années cinéma, littérature et théâtre. Quelle était votre envie originelle ?
J'ai commencé à dire que je voulais devenir cinéaste au lycée, après que mon père s'est tué dans un accident de voiture. Quelques semaines auparavant, pour ma rentrée en seconde, j'étais devenu interne à Saint-Brieuc, autant dire New York, vu l'endroit d'où je venais ! Je m'étais mis alors à sécher les cours pour voir des films seul - le premier était Police, de Maurice Pialat. Quand j'ai été rapatrié à Rostrenen, après la mort de mon père, ce petit mois et demi passé au loin et le fait d'être orphelin m'ont donné un peu d'avance, et une espèce d'aura auprès de mes copains de lycée. J'ai affirmé que j'allais être cinéaste, ce qui m'a sans doute aidé à le devenir...


Comment cela s'est-il concrétisé ?
Ma mère disait qu'il ne fallait pas trop me contrarier parce que mon père était mort, mais elle voulait toujours que je fasse maths sup... Je me suis inscrit en lettres modernes à Rennes, où j'ai surtout vécu en cinéphile. Je suis arrivé à Paris en septembre 1994 pour devenir cinéaste, donc. Or je n'avais absolument aucune piste. J'ai eu l'idée d'écrire, plutôt qu'un scénario, un livre jeunesse - mes étés à animer des centres aérés m'avaient donné quelques notions -, Tout contre Léo, que L'Ecole des loisirs a publié... Au même moment, j'ai intégré l'équipe du festival d'Angers en tant que stagiaire, puis comme sélectionneur. Envoyé à Cannes à ce titre, j'ai tenu un journal de bord, dont le personnage principal était Roland Cassard [personnage des Parapluies de Cherbourg, ndlr]. J'ai proposé ce texte aux Cahiers du cinéma, qui m'ont confié une tribune régulière. Au bout d'une année, j'avais donc un pied dans l'édition et un autre aux Cahiers ! Or le cinéma français a cette force - cette faiblesse, diront certains : quand on se débrouille à l'écrit, on peut réaliser son premier film... Ce qui, rétrospectivement, me semble hasardeux, improbable, voire impossible, est ainsi devenu vrai.

O resto da entrevista aqui.

Last night's company


Fear and Loathing in Las Vegas, Terry Gilliam
a segunda razão é so true

Tuesday, 2 August 2011

Je suppose que même une ébauche, une ombre, un bout de papa, c'est encore un papa.

Um murro no estômago ao som de Tom Waits. Escolhi esta cena de Le Scaphandre et Le Papillon, mas também podia escolher a linda cena da viagem de carro de Jean-Do por Paris em homenagem a Les 400 Coups, o deteriorar das montanhas e da natureza ao som dos pensamentos de Jean-Do ou as viagens da sua criatividade que o levam até a uma cena apaixonante como a de From Here to Eternity. Podia até falar dos diálogos (ou antes o diálogo interior da personagem) fantásticos, assim como da actuação digna de louvor de Mathieu Amalric mas vou-me limitar a interiorizar o filme ao som de All The World is Green do senhor Waits numa praia desesperante.

Monday, 1 August 2011

Had I the heavens' embroidered cloths,
Enwrought with golden and silver light,
The blue and the dim and the dark cloths
Of night and light and the half light,
I would spread the cloths under your feet:
But I, being poor, have only my dreams;
I have spread my dreams under your feet;
Tread softly because you tread on my dreams.
- W.B. Yeats

The origins of pleasure


Why do we like an original painting better than a forgery? Psychologist Paul Bloom argues that human beings are essentialists -- that our beliefs about the history of an object change how we experience it, not simply as an illusion, but as a deep feature of what pleasure (and pain) is. - TED