Ontem foi sessão dupla de Det sjunde inseglet (O sétimo selo) de Ingmar Bergman e Les Deux de la Vague de Emmanuel Laurent.
O cinema de Bergman nesta minha primeira incursão pela sua obra pareceu-me de proporções gigantes. O impacto de cada cena e o desespero que é ver outras é verdadeiramente de mestre. É um desespero patológico e deprimente mas verdadeiramente arrebatador (nota-se em todo este filme de ambiente biblíco mas especialmente em cenas como a da procissão dos auto-flageladores). Ah e é fantástico para mim notar quão Woody Allen admira Bergman estando durante todo o filme a lembrar-me de filmes como Love and Death e como é curioso que Allen transforma estas questões deprimentes em comédias existenciais.
Passando para algo diferente, Les deux de la Vague. Se bem que não tão diferente porque no documentário é mencionado como Truffaut e Godard admiravam Bergman cuja obra conheceram na célebre Cinemateca Francesa. Apesar de não acrescentar muito ao que já se sabe e poder ser muito mais aprofundado (o filme chega mesmo a ter apenas 90 minutos) logo que a música do Les 400 coups começa eu fiquei convencida. Sou um bocadinho imparcial é verdade, mas rever a Nouvelle Vague como se estivesse agora a acontecer é um prazer para qualquer cinéfilo que tanto deve a estes cineastas.
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