Rien à déclarer

E venha mais um de Dany Boon. Desta vez não é no Ch'tis mas na Bélgica.
Belgique ou France? Oooh, les deux sont fantastiques!

Faisons un Rêve par Guitry!

5 razões para ver Faisons un Rêve de Sacha Guitry:

1. O argumento fantástico (mas mesmo inexplicavelmente bom)

2. O Guitry himself, como o amante doido, incrivelmente cómico e que olha para a câmara e nos diz que o casamento não é para ele

3. O ritmo alucinante do filme

4. A cena inicial em que Guitry viaja pela sala com a câmara e as suas personagens falam-nos do casamento da maneira mais acertiva e cómica de sempre

5. Uma história de amantes e amores e a desbunda do casamento

E no meu dvd edição especial (♥) comprado à Bruxelles pude ainda ver um mini documentário chamado "Ne Quittez Pas ou le téléphone chez Guitry" que mostra como este aparelho faz parte da família Guitry. A propósito disso está aqui uma pseudo entrevista telefónica feita a Truffaut onde ele fala do próprio Sacha Guitry.

Les yeux dans les yeux, je vous le demande, et je vous supplie de me répondre... Voulez-vous du beurre sur le pain?

Fais ça court!

Fá-las curtas é um novo programa da rtp2 extremamente interessante e viciante! Duas equipas de jovens cineastas portugueses, cada uma composta por um argumentista e um realizador, têem que fazer uma curta em menos de um dia e depois a dupla vencedora escolhida por Joaquim Leitão e João Garção Borges tem que voltar a fazer outra curta para "batalhar" contra outra equipa vencedora. Mesmo se as curtas nunca chegam a ser obras-primas (também coitados, com tão pouco tempo!) é interessante ver o processo de fazer um filme, entre outras coisas que esta série tem de bom. Como não sou muito boa a explicar vejam por vocês mesmos: os episódios que já foram emitidos estão no excelente canal multimédia da rtp2 e há novos episódios todos os sábados às 20:40.

Boa noite.

Fiquem com uma das cenas mais lindas da história do cinema, de L'Atalante.

Diz-se que se vê o rosto da pessoa amada na água.

Partie de Campagne e o Renoir pai

Os ambientes bucólicos, refrescantes e românticos desta curta de Jean Renoir, Partie de Campagne não deixam de lembrar a pintura do pai do realizador. E Partie de Campagne é tão campestre como os quadros do Renoir pai e é algo ainda mais, com muitos bigodes, amores de perdição e os habituais momentos de riso à custa da classe social "alta". Ai que agora até me apetece ir para o campo.

ANGERS!

O Festival Premier Plans d'Angers está oficialmente bem no topo dos melhores festivais de cinema de sempre e é uma forte razão para fugir para França já! Desde 1989 que este festival existe, e todas as edições foram marcadas por eventos de fazer água na boca (retrospectivas de filmes italianos, da Nouvelle Vague; a filmografia de realizadores como Pasolini, Truffaut, Pierre Étaix e tantos outros; debates e conferências com alguns dos nomes mais importantes na história do cinema and so on).
Este ano o festival decorre de 21 a 30 de Janeiro e vai ter as habituais "lectures de scénarios", uma retrospectiva dedicada ao ambiente burlesco (com filmes como Yoyo, Les vacances de Monsieur Hulot, A Night at the Opera, Life of Brian, curtas de Buster Keaton, etc), a exibição de Le Beau Serge (o primeiro filme da Nouvelle Vague), a presença de Jeanne Moreau e Pierre Étaix, o debate sobre "qual será o futuro do património cinematográfico?", filmes em competição... ufa, já estou cansada e isto só são algumas das iniciativas e filmes que este festival vindo dos céus nos apresenta!
Já há uns dias que não paro de suspirar com vontade de ir já para Angers dar um "passou bem" à Jeanne Moreau e recostar-me numa cadeirinha confortável e nunca mais sair da sala de cinema... mas como a vida não é um romance, como Alain Resnais diz, entretenho-me a ver as bandes annonces do festival. Mas sim senhores, um dia vou para Paris só para ir almoçar e fico uma semaninha em Angers (e já não me tiram de lá). (Na verdade até concordo com o monsieur Resnais).

Viva Federico Fellini!

Se o mestre estivesse vivo fazia hoje 90 anos.

Fellini é a vida, é Itália, é o circo e o cinema, é tudo. E para celebrar este génio divulgo o site do seu Book of Dreams que é uma autêntica viagem pelo imaginário deste grande realizador e, no meio de tantos filmes em sua homenagem, mais um para a lista, The Magic of Fellini, com testemunhos de Benigni, Woody Allen, Mastroianni, Anita Ekberg entre outros.

Mas a melhor maneira de celebrar o nascimento de Fellini acaba por ser ver os seus filmes. E faltam-me tantos ainda, tantas músicas de Nino Rota, tantos sonhos alucinados, tanto italiano e tantas tantas mulheres. E ainda bem, porque enquanto há Fellini tudo se resolve!

L'avventura de Antonioni

L'avventura é uma obra-prima com todas as letras. É algo tão unico e tão eximiamente feito que só mesmo vendo para crer (e eu quero mesmo ver outra vez porque o sono estava a lutar comigo, yet again).

Nomes como Aldo Scadarva (fotografia) e Giovanni Fusco (banda sonora) são tão importantes neste filme como Antonioni. Mas não só, até a edição do filme é de notar.

As paisagens mediterrânicas, os enquadramentos, os planos são de uma beleza fantástica. E Monica Vitti e Gabriele Ferzetti. Nem sei como explicar. O melhor que posso dizer é para verem pelos vossos olhos que vale a pena.

Digamos que fiquei com uma sede de mais Antonioni que não estava à espera. Fiquei com aquela sensação fantástica de quando descobrimos algo novo e inesperado.

P.S: Foi incrível os déjà vus (no bom sentido) que tive do Le Mépris enquanto vi este filme.

Isto sou eu hoje por isso o post sobre a obra-prima que é o L'avventura terá de ficar para amanhã.
Buona notte e bonne nuit.

La table de chalkboard

Vou comprar tinta de chalkboard e usar estas dicas diy para poder ter uma mesa como a do café do Jules et Jim e desenhar beaux visages ou escrever lovely.

Étaix!

Pierre est un orfèvre du "slapstick", "slap" comme baffe et "stick" comme bâton, une expression datant du cinéma muet. À l'époque, les bruiteurs utilisent le son de 2 bâtons se percutant pour reproduire le son des claques. Cette technique finit par donner son nom aux films burlesques dans lequel le héros accumule les catastrophes.

Para quando o lançamento deste pack em Portugal? Vite, s'il vous plaît!

Matrimonio all'italiana (1964), Vittorio De Sica

Não podia deixar de ser um filme de De Sica, tem pois claro o drama social fantástico. Mas juntem a isso um romance arrebatador e alguns momentos cómicos bem à italiana e o que temos é um matrimónio à italiana! Pode não ser um dos meus preferidos nem de De Sica nem de Mastroianni ou Loren mas não é por isso que deixa de ser um grande filme, com uma cinematografia lindíssima e pormenores cativantes.

(Para quem se quer aventurar e tentar decifrar o italiano, está aqui a minha cena preferida do filme, uma autêntica explosão hilariante entre a personagem de Mastroianni e de Loren)

Buona notte, amici miei!

Criterion has three reasons

Three reasons: Sweet Smell of Success

Eu estou convencida! Agora só falta comprar a edição muito bonita da Criterion.

Breakfast with Mancini

Cineastas a descobrir (de entre milhares deles):

O extravagante Roberto Benigni



François Ozon (realizador e argumentista do filme Potiche que deve estar a estrear por Portugal)

Mastroianni...

Achat do dia

Estou com uma vontade doida de o começar a ler.

Agora já só falta:

Como fazer um filme, Claude Chabrol

A short history of Cahiers du Cinéma

Como triunfar como argumentista, Linda Seger

Quer dizer e estes são os que faltam comprar, porque os que faltam ler.. ai este consumismo cinematográfico.

"I know they teach you a lot of useless stuff in school."

Não consigo deixar me sentir um pouco como o Antoine Doinel. Ou como o Truffaut, c'est la même chose.

 Acho que também já está na altura de começar a correr non stop.

Pierre Léon, où est vous?

Onde anda a (pequena) filmografia de Pierre Léon? É simplesmente impossível encontrar os filmes deste senhor. Parece que vou ter de ir para a Le Femis para o ver a dar aulas.

♥ (vem mesmo a propósito de estar prestes a estrear a minha máquina nova)

Il y a deux femmes en vous

Porque nós, femmes, estamos no centro do cinema, constantemente representadas por tantos realizadores, desde Woody Allen até Truffaut, a Godard, a Fellini. Nem vou enumerar mais nomes pois é curioso pensar quantos realizadores já abordarem nos seus filmes a figura feminina e acabamos por concluir que todos (ou quase todos) de uma maneira ou outra já mostraram a sua própria visão do mistério da mulher.
Esta semana não chegou Femmes femmes de Paul Vecchiali.
Este minuto chegou para ficar aos pulos com o filme Les Femmes de Jean Aurel. Agora só falta encontrá-lo por entre os recantos da internet.

♥