Thursday, 19 March 2009

O. Wilde


Porque por muito que o cinema ocupe uma grande parte do meu coração, a literatura tem sempre um espaço lá reservado para ela.
Com as ocupações e preocupações do dia-a-dia uma pessoa esquece-se de viver e de desfrutar de uns dos maiores prazeres de que o Homem sempre pôde desfrutar: ler.
Agora estou a ler outra maravilha de Oscar Wilde: O crime de Lorde Artur Saville e Outros Contos.
Devido às tais ocupações do dia-a-dia já tinha recebido este livro há um ano e ainda nem o tinha folheado. Mas decidi que a rotina cansativa não ia tomar conta de mim e ia retomar os encantos da literatura. Quando comecei a ler, as palavras viciantes e encantadoras de Oscar Wilde prenderam-me ao livro como os tribunais o tinham mandado prender há 113 anos atrás. 113, meu deus, nunca tinha notado que eram tantos. Talvez porque as criticas que ele faz a sociedade, da maneira mais astuta e gloriosa, ainda se aplicam aos dias de hoje.

Passou mais de um século e o meu desejo é, aposto, o que já muitos tiveram:
"Como um dia espero escrever como tu Oscar Wilde.
Mas se não conseguir, pelo menos tenho a tua prosa para me fazer esquecer da minha."



E agora deixo aqui um pedido de ajuda: dêem-me conselhos de livros para eu ler.
Como já poderam ver sou uma ferrana de Oscar Wilde, também gosto de Woody Allen e tudo o que é fantasia mas que toca em assuntos importantes e faz uma critica inteligente da sociedade é bem-vindo.
Muito obrigada, e como lá dizia Edward R. Murrow:

Good night and good luck.

I have a dream

Tenho vindo a apreciar cada vez mais, o trabalho das pessoas que fazem parte das tais chamadas "categorias menos importantes do cinema". Claro que não vamos generalizar, mas muita gente considera isso verdade, e até pouco tempo até eu não lhes dava muita importância (grande erro meu).
Fotografia, banda sonora e na minha opinião, uma das mais importantes partes de um filme (senão a mais importante) o argumento. Três factores tão importantes num filme e tão desvalorizados. Só espero que os argumentistas, tais como todos os outros trabalhadores na área do cinema que são desvalorizados, um dia, ganhem mesmo o mérito que merecem, porque como todos nós sabemos, aquela greve, infelizmente, não serviu de muito.
Sem argumento, sem história, não havia filme. Não havia nenhuma visão para ser projectada na tela e não haviam nenhum efeito especial que nos safasse do tédio de esperar por que algo acontecesse.

Por isso, hoje aqui "berro" pelas minorias:
Guarda-roupa
Caracterização
Efeitos visuais
Montagem de som
Efeitos sonoros
Direcção artistíca
Montagem
Banda sonora
Fotografia
Argumentistas
"Quem precisa de terapeutas quando há psicanálise disponível, variada e revigorante a seis euros ?"
Luís Filipe Borges in Meia Hora

Precisely. Precisely. Precisely. Precisely. Precisely.


Cada vez me debato mais com as perguntas que atormentam os Homens desde que roçaram uma pedra na outra e viram uma chama alaranjada. Mas sempre que vejo um filme tudo isso desaparece e ando a passear por ruas desconhecidas e a conhecer personagens com vidas intrigantes.

Saturday, 14 March 2009

Em Bruges


era onde eu gostava de estar, depois de ver este filme. Não sabia da existência de sítio tão bonito, e depois de (finalmente) ver o filme só me apetece ir para lá.
Deliciei-me por completo de manhã com o meu pequeno-almoço enquanto via o filme "In Bruges". É um filme um pouco inclassificável em relação ao género: mistura comédia negra com acção e enquanto acompanhamos este decorrer de asssassínios vamos tocando em assuntos que tanto nos inquietam, como o significado da vida e a vida depois da morte. Enquanto isto acontece, conhecemos a cidade com os seus canais, arquitectura gótica, ruas iluminadas e cisnes majestosos.


Gostei mesmo muito, e toda, mas mesmo toda a equipa que fez parte do filme está de parabéns, mas dou já um especial parabéns 4 pessoas:
*Martin Mcdonagh, o argumentista e o director
*Eigil Bryld, director de fotografia (era uma das fotografias mais bonitas que já vi)
*Carter Burwell, pela musica tão misteriosa e encantadora como Bruges e as personalidades das personagens
*e aos actores todos, principalmente Collin Farrel, Brendan Gleeson e Ralph Fiennes



Harry: It's a fairytale town, isn't it? How's a fairytale town not somebody's fucking thing?



Ah, e para quem não sabe, Bruges é na Bélgica.

[vou continuar este post later, agora vamos comer!]

Friday, 13 March 2009

go poppy!

A ultima mensagem tem uns quantos erros ortográficos, mas por respeito ao meu entusiasmo do momento vou deixá-la assim. Viva Yann Tiersen! E viva a Joanica!!
Já tenho aqui o meu bilhetinho, não é na primeira fila, onde estou habituada a estar, mas olho sempre para o lado Poppy da vida! O que nos leva a voltar ao cinema, e não havia maneira melhor e mais alegre do que começar com Happy-go-lucky.

O novo filme de Mike Leigh é uma inspriação para todas as pessoas verem o lado positivo da vida ("always look on the bright side of life" lá cantavam no Monty Python) e não se deixarem levar pelas eventualidades do dia-a-dia que podem ser menos boas. Como li na Premiere, uma coisa tão precisa agora nestes tempos menos alegres.
Quando saímos do cinema sentimos uma completa satisfação e de certeza que nunca nos vamos esquecer do Enraha. Quem sabe, até me pode vir a ajudar a aprender a guiar!
Ah e diga-se que este filme encantou-me também porque eu sou na realidade uma Poppy, o que já me foi dito umas vezes, e que eu orgulhosamente concordo! Hurraay

Uma das melhores cenas (porque para mim a melhor é a do fim e a do inicio), que desperta o meu lado macho latino ahahahah:


Thursday, 12 March 2009

yann tiersen em portugal !! ! ! ! ! !!

joancia muito obrigada por me acordares apra a vida, que agora estou a morrer de entusisasmo AHHHH

billhete, hoje vou comrpar já



OMG OMG OMG!! ! ! !!!!!!!!!!!!!!

Thursday, 5 March 2009

próxima quinta-feira

é noite de jazz e cheira-me que estas quintas feiras de jazz no ccb vão passar a ser um dos meus hábitos. Dia 12 de Março vamos ter "clássicos do jazz e temas plenos de swing e charme do cinema e da chanson française.". Mas podia ser mais perfeito? Outro hábito que vou retornar (poiss estas aulas estragam os meus hábitos saudáveis todos) é visitar regularmente a cinemateca. Oui, oui parce que c'est l'amour vrai.



“To jazz, or not to jazz, there is no question!”
Louis Armstrong

Tuesday, 3 March 2009

I get a kick

every time I see you standing there before me
I get a kick though its clear to see, you obviously do not adore me

letra da musica: Frank Sinatra- I Get a Kick Out of You
imagem: Pride & Prejudice by Joe Wright, inspirado no romance de Jane Austen
Uma autêntica maravilha vinda do século XVIII. Com o cházinho, a mantinha (ora tapa ora destapa, porque com este aquecimento global ce n'est pas possible) e este filme não podia haver melhor tarde.
Altamente recomendável, já saltou para o meu top 20 e de futuro a sua banda sonora vai estar numa das "séries" das minhas "Bandas sonoras encantadoras".

Monday, 2 March 2009

Bandas sonoras encantadoras 2

Não havia melhor maneira de começar Março aqui no blog.
Woody Allen não faz apenas filmes triunfantes a nível visual, como têm sempre as melhores escolhas (para mim) a nível musical. Não é o senhor que compõe a musica, claro, mas ele escolhe os talentos que tornam os seus filmes numa autêntica viagem musical.
Como podemos esquecer quando Manhattan começa ao som de Gershwin e da narrativa de Allen a embalar a sua cidade, Nova Iorque.
Vicky Cristina Barcelona, o seu filme mais recente, é um triunfo a todos os níveís (apesar das críticas, que como sempre não me aquecem nem arrefecem, dos críticos. é um pouco diferente do que costuma fazer, é só mais uma fase na sua genialidade.).
E pronto, aqui fica a musíca principal, Barcelona, de Giulia Y Los Tellarini.
E a partir de agora a musica espanhola está cada vez a entrar-me mais no ADN.