Nessas décadas finais do século XX, em que o cinema se carregou de barulho e fúria para não dizer nada, o cinema de Kiarostami é o exemplo supremo de como basta olhar bem para dizer tudo. Entre uma manhã e outra manhã, entre uma aldeia e outra aldeia, entre uma casa e outra casa, entre um amigo e o amigo. Como disse um poeta português basta "uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma".
João Bénard da Costa
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